23 de abr. de 2011

Doenças Femininas

Corrimento Caracteriza-se por uma irritação vaginal ou um corrimento anormal que pode ou não ter cheiro desagradável. Pode haver também coceira ou ardor na vagina ou vontade mais freqüente de urinar.

Os corrimentos podem ser causados por:

•    infecções vaginais
•    vulvites e vulvovaginites
•    infecções cervicais ou do colo do útero
•    doenças sexualmente transmissíveis


O diagnóstico é feito pelo médico ginecologista por meio da anamnese (perguntas para a paciente), exame ginecológico e, eventualmente, exames de papanicolau ou exames de laboratórios. É bom esclarecer que nos, casos de corrimentos vaginais, o diagnóstico clínico tem muito valor. Portanto, uma visita ao ginecologista é indispensável. Nem sempre exames de laboratório negativos significam ausência de problemas.

Lembre-se de que a lubrificação normal da vagina durante o ato sexual não é corrimento. Essa lubrificação é absolutamente normal.



Uma das causas de corrimento vaginal são as doenças do colo do útero
Cervicite é uma irritação do colo do útero provocada por uma variedade de organismos diferentes.
Causas comuns são a gonorréia, herpes, clamídia e infecções bacterianas.
Existem também cervicites crônicas comuns nas mulheres depois do parto. É associada também frequentemente com a gravidez e o uso de contraceptivos orais. Menos frequentemente, a cervicite é causada por sensibilidades a determinados produtos químicos, incluindo aqueles presentes nos espermicidas, no látex das camisinhas e nos tampões vaginais.



Gardnerella vaginalis É provocado por uma bactéria chamada Gardnerella vaginalis e/ou por outras bactérias relacionadas. Causa um odor desagradável e forte, principalmente durante a menstruação e nas relações sexuais.
Não é considerada uma doença sexualmente transmissível para alguns especialistas, uma vez que algumas dessas bactérias podem ser encontradas habitualmente no ser humano. No entanto, a transmissão ocorre também pelo contato íntimo ou relação sexual.
Assim, o Centers for Disease Control and Prevention nos EUA define que essa doença pode estar relacionada com: novo parceiro sexual e múltiplos parceiros sexuais. Segundo o CDC, a maneira de evitar essa doença seria: não ter relações sexuais ou contato sexual, limitar o número de parceiros sexuais próprios, não fazer duchas vaginais sem recomendação médica e fazer o tratamento completo recomendado pelo médico.
O tratamento é à base de antibióticos, aplicados localmente e/ou tomados via oral, e pode ser estendido ao parceiro. No homem não há sintomas da doença.
É diagnosticado pelo exame clínico, exames de laboratório e papanicolaou. Pode também ser diagnosticado por um teste químico realizado no próprio consultório médico.

candidiase É um dos mais irritantes corrimentos. Provoca corrimento espesso e grumoso tipo “nata de leite” e geralmente é acompanhado de coceira ou irritação intensa. Cândida ou Monília é um fungo, e a candidíase é, portanto, uma micose.

A candidíase  aparece quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está diminuída. Alguns fatores são facilitadores dessa micose:

• antibióticos;
• gravidez;
• diabetes;
• outras infecções (por exemplo, AIDS);
• deficiência imunológica;
• medicamentos como anticoncepcionais e corticoides.

Eventualmente o parceiro sexual aparece com pequenas manchas vermelhas no pênis. Mas a candidíase NÃO é considerada, por alguns especialistas, uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer mesmo sem o contato íntimo ou relação sexual, uma vez que esse fungo pode ser encontrado habitualmente no ser humano.

O diagnóstico é clínico, por meio de exames de laboratório e o papanicolau.

O tratamento é à base de antimicóticos, mas deve-se tentar tratar as causas da candidíase para evitar as recidivas.

É muito importante não confundir o corrimento por cândida com o corrimento por excesso de Bacilos de Doderlein, pois, nesse caso, o tratamento é diferente.


Cistite Porque aparece Vários fatores podem levar à infecção da bexiga: limpeza inadequada após a evacuação, relação sexual, segurar a urina por muito tempo. Em alguns casos, anormalidades na mucosa da bexiga podem ser a causa de infecções na bexiga.

Diagnóstico Uma cistite simples, causada por bactérias, apresenta, geralmente, os seguintes sintomas:


  • urgência para urinar;
  • aumento na freqüência de idas ao banheiro;
  • pouca eliminação de urina em cada micção;
  • dor ao urinar;
  • presença de sangue no xixi;
  • urina turva, com alteração no odor.
    Para confirmar o diagnóstico, o médico analisa o histórico de saúde e os sintomas e solicita um exame de urina e uma urocultura com antibiograma para identificar o agente infeccioso. Existe um tipo de cistite inflamatória sem infecção, que não é causada por bactérias, e é chamada cistite intersticial. Sua origem ainda é desconhecida e seu diagnóstico pode ser comprovado pela biópsia da bexiga.
Riscos
Se o tratamento for seguido à risca, a infecção não apresenta nenhum perigo. Automedicar-se, ou interromper o medicamento só porque os sintomas já cessaram, traz o risco de criar bactérias mais resistentes, o que vai acabar levando a novas e mais freqüentes infecções.


Tratamento
O tratamento da cistite causada por bactérias é feito com antibióticos, escolhidos a partir da identificação do agente infeccioso. O tratamento da cistite intersticial consiste em aliviar os sintomas; uma vez que sua origem ainda é desconhecida, não se chegou a alguma forma de tratamento que possa curar essa condição.


Quando procurar o médico
Na presença de qualquer um dos sintomas descritos.


Prevenção
Dicas para evitar a cistite:
  • Beba muito líquido, ele ajuda a limpar a bexiga e lavar o canal da uretra;
  • Vá ao banheiro sempre que tiver vontade. Segurar a urina por muito tempo é uma contra-indicação importante, pois oferece oportunidade para alguma bactéria parada na bexiga se reproduzir. Se a cistite já está instalada é pior ainda, já que o líquido contaminado pode chegar aos rins;
  • Cuide da higiene. Depois de ir ao banheiro, limpe-se sempre em um único sentido - de frente para trás e, sempre que possível, lave-se com água e sabão;
  • Olho nas roupas. Evite calças apertadas e roupas íntimas de tecidos que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias;
  • Urine sempre após a relação sexual. Isso favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
  • Atenção à alimentação. Frutas ácidas, como o abacaxi, e alimentos ricos em cafeína tendem a piorar a irritação na bexiga, se ela já está inflamada.



vaginite Um dos mais comuns e mais irritantes problemas que afeta a saúde da mulher é o corrimento vaginal, também chamado de vaginite. É uma das causas mais Freqüentes de visita ao médico ginecologista
Associados ao corrimento vaginal estão também os processos inflamatórios do vulva e vagina, também chamados de vulvite e vulvovaginite.
A vaginite é uma inflamação do revestimento da vagina. A vulvite é uma inflamação da vulva (os órgãos genitais externos da mulher). A vulvovaginite é uma inflamação da vulva e da vagina.
São uma irritação do vulva e da vagina provocada pelos diversos micro-organismos que causam corrimento. Por exemplo, a cândida, o tricomonas e a gardnerela, além do corrimento em si, também causam vulvite e/ou vaginite.
Outras infecções comuns são a gonorreia, herpes, clamídia e infecções bacterianas. 


Existem também vulvites crônicas não relacionadas a germes, comuns nas mulheres depois do parto. É associada também frequentemente com a gravidez e o uso de contraceptivos orais. Muito frequentemente é causada por sensibilidade a determinados produtos químicos, incluindo aqueles contidos nos espermicidas, no látex das camisinhas, nos tampões vaginais, amaciantes de roupas ou irritação por roupas sintéticas e apertadas, papel higiênico, sabonetes íntimos, sabonetes normais etc. Duchas vaginais em excesso também são a causa de vulvovaginites, pois destroem os Bacilos de Doderlein, diminuindo as defesas vaginais. Em mulheres na menopausa, a vulvite atrófica, causada pela falta de hormônios sexuais, é uma importante causa de irritação.
Vulvites e vulvovaginites são diagnosticadas no exame ginecológico e, se necessário, na vulvoscopia.
As causas dessas doenças são várias, e todas necessitam de tratamento prescrito por um médico mediante a avaliação clínica. Os sintomas mais comuns são a inflamação, a vermelhidão e o corrimento. 


Autor: Dr. Sérgio dos Passos Ramos

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