24 de abr. de 2012

Histeroscopia Cirúrgica

A histeroscopia cirúrgica é realizada, na maioria das vezes, com equipamento denominado ressectoscópio.
                                   
      

Os procedimentos cirúrgicos são realizados, geralmente, com alguma forma de anestesia, devido à dor provocada pela dilatação e manipulação uterina.

Procedimentos cirúrgicos maiores, como polipectomias, miomectomias e ablação endometrial serão realizados em centro cirúrgico de hospitais, sob anestesia geral ou regional.

Principais indicações de histeroscopia cirúrgica:
- Ressecção de pólipo endometrial e endocervical;
- Ressecção de mioma submucoso;
- Ressecção de septo uterino; 
- Ressecção de sinéquias uterinas; 
- Ablação endometrial.



Útero septado:
O septo uterino é uma anomalia congênita que resulta de um defeito na reabsorção do septo formado pela fusão dos ductos müllerianos. É o tipo mais comum de malformação do sistema reprodutivo e única com possibilidade de tratamento cirúrgico histeroscópico.

Sua prevalência está aumentada em mulheres com repetidas perdas gestacionais. A presença do septo uterino está associada com alta incidência de falência reprodutiva e complicações obstétricas, tais como abortamentos recorrentes de primeiro e segundo trimestres, RCIU, apresentação fetal anômala, nascimento prematuro e infertilidade por dificuldade de implantação do blastocisto.

O diagnóstico pode ser feito por ultra-sonografia tridimensional, que apresenta 91,6% de correlação com laparoscopia para configuração externa do útero, por ressonância magnética, que apresenta 100% de acurácia diagnóstica (Pellerito et al, 1992; Fischetti et al, 1995) ou por laparoscopia associada à histeroscopia, que é considerada padrão ouro tanto para diagnóstico como para tratamento.

A metroplastia (ressecção do septo) histeroscópica está indicada nas seguintes situações: 
1. Perdas gestacionais e recorrentes (2 ou +);
2. Mulheres com infertilidade já investigada e inexplicada;
3. Mulheres acima de 35 anos (melhora a fecundidade);
4. Mulheres que serão submetidas a reprodução assistida;
5. Mulheres submetidas a histeroscopia e laparoscopia por outras razões, a excisão do septo é oportuna e parece lógica;
6. Na presença de dismenorréia e sangramento anormal.

Alguns autores recomendam sua realização mesmo em pacientes sem história de perdas fetais e que desejam engravidar.

Resultados da metroplastia histeroscópica (Hayden A H, Fertility and sterility, 2000-Meta analise):
- Redução das taxas de abortamentos de 88% para 5,9% após a cirurgia;
- Redução das taxas de nascimentos prematuros de 9% para 6%; 
- Infertilidade primária: taxas de gravidez de 48% após metroplastia histeroscópica.
Recomenda-se follow-up histeroscópico em 1 a 2 meses após a cirurgia para prevenção de sinéquias.






Fonte:http://www.videohisteroscopia.net/site/home.php?funcao=intro



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