O HPV, ou Human Papiloma Virus, é um vírus que vive na pele e nas mucosas genitais dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis.
Nos genitais existem duas formas de manifestação clínica. 1. As verrugas genitais que aparecem na vagina, pênis e ânus. 2. Existe outra forma, que é microscópica, que aparece no pênis, vagina e colo de útero.
Trata-se de uma infecção adquirida por meio de contato sexual. É altamente contagiosa e a melhor prevenção é o uso de “camisinha”.
O mais importante nessa doença é que existe uma associação entre alguns grupos de papilomavírus e o câncer de colo de útero. Seu diagnóstico de suspeita é feito por meio do papanicolaou ou da colposcopia, e o diagnóstico de certeza é feito por meio de biópsia da área suspeita. Existem também exames que identificam o tipo do vírus e se estes são cancerígenos. O tratamento do HPV é por destruição química ou física das lesões sempre indicado e realizado por médico especialista. O papilomavírus ou human papiloma virus pode se alojar tanto no colo do útero como na vagina e na vulva. Na vulva ele causa a doença chamada condiloma genital ou popularmente conhecida no Brasil como "crista de galo". Na vagina e no colo do útero ele normalmente se apresenta com lesões microscópicas que só podem ser descobertas por meio do exame de papanicolaou ou a colposcopia. O hpv no homem ele pode se manifestar por verrugas no pênis ou de maneira microscópica. É muito importante que o parceiro seja encaminhado para exame com um urologista para procura de lesões e tratamento, se forem encontradas.
fonte:http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=327 e http://renatazito.site.med.br/index.asp?PageName=HPV-20-2D-20Entrevista
Implantes Subdérmicos ou Implantes Hormonais são cápsulas ou bastonetes de silicone semipermeáveis de grau médico – siloxano –, medindo de 3 a 5 cm de comprimento por 2 milímetros de diâmetro. Liberam lenta e continuamente na corrente sanguínea, baixas doses de hormônios:
- Progestogênicos : semelhante ao hormônio natural, progesterona existente no corpo feminino. Possuem ação contraceptiva prolongada – até cinco anos –, tem alta eficácia, segurança, tolerabilidade, reversibilidade, facilidade de inserção ou remoção e baixos índices de efeitos colaterais. Inibe a ovulação e aumenta a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração do espermatozoide.
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- Gestrinona: é um esteróide que auxilia no tratamento da endometriose pélvica, miomas uterinos e também utilizado como método anticoncepcional , tratamento da TPM e baixa da libido, e pode ser associado ao estrogênio no tratamento da osteopenia.
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- Estrogênios: hormônio feminino produzido a partir da adolescência até a menopausa. É fabricado pelos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual. Dentre outras funções, é responsável pelas características física feminina devido ao estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. Responde também pelo equilíbrio entre as gorduras no sangue. A diminuição de estrógenos pode causar depressão, medo, apreensão, irritabilidade e insegura. É importante para o revestimento interno do útero, endométrio e no ciclo menstrual.
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- Testosterona: hormônio masculino, onde no homem é produzido pelos testículos e na mulher, em menor quantidade, pelos ovários e glândulas supra-renais. Atua no crescimento dos ossos e influencia o desenvolvimento de praticamente todos os órgãos. É o principal hormônio ligado ao ganho de massa muscular e a diminuição da gordura corporal. De forma contrária, a deficiência desse hormônio está associado à perda de massa muscular, perda de força, acúmulo de gordura corporal, sintomas de cansaço, indisposição e perda do desejo.
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A colocação dos implantes é um procedimento ambulatorial feito por um profissional médico capacitado para este fim. É inserido cirurgicamente no antebraço ou na região glútea, com anestesia local.
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De modo semelhante a outros métodos contraceptivos que utilizam progestagênio isolado, o efeito adverso com maior incidência é a desestruturação do ciclo menstrual habitual, podendo ocorrer irregularidade, períodos de ausência ou, ocasionalmente, sangramento uterino aumentado. É mais frequente no primeiro ano de uso, com diminuição nos subseqüentes.
Outras Indicações
Os Implantes Subdérmicos de progestógenos e gestrinona, também são utilizados como opção terapêutica no tratamento de algumas doenças ou distúrbios:
Dismenorréia
Endometriose
Hemorragia Uterina Disfuncional
Tensão Pré-Menstrual (TPM)
Contra-indicação
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Câncer de Mama
Cefaléia - Enxaqueca com aura, em qualquer idade
Cirrose Intensa
Doença Cardíaca Isquêmica - Atual e Pregressa
Embolia Pulmonar Aguda (EP)
Lactação – menos de 6 semanas após o parto
Lupos Eritematose Sistêmico (LES) – Anticorpos antifofolides positivos ou desconhecidos
Sangramento Vaginal Inexplicável – Antes da avaliação
Trombose Venosa Profunda Aguda (TVP)
Tumores Hepáticos – Adenoma hepatocelular ou hepatoma
Interação medicamentosa
Anticonvulsivantes
Antiretrovirais
Rifampicina
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Os implantes não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), inclusive HIV/AIDS. Se houver risco, devem ser associados ao preservativo.
A massagem da fertilidade é a maneira não cirúrgica e não invasiva para quem quer engravidar mas está enfrentando problemas mesmo aqueles chamados de “infertilidade sem causa aparente”.
Esta técnica promove o bem estar no seu corpo e relaxamento, com a vantagem de que é uma terapia contra cicatrizes e adesões pélvicas, obstruções nas trompas de falópio e ativa a função dos órgãos reprodutivos.
Essa terapia da fertilidade também é recomendada para tratar Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), endometriose, miomas uterinos, cistos nos ovários e várias outras condições médicas causadoras de infertilidade nas mulheres.
Neste vídeo você pode ver as instruções de como realizar a massagem criada pela terapeuta holística Hethir Rodriguez. Está em inglês, mas é fácil de aprender.
OBS1: O sentido horário da massagem é importante
OBS2: A massagem no dedo do pé ativa o funcionamento da glândula pituitária em seu cérebro que é responsável pela liberação de hormônios
OBS3: No final ela coloca uma toalha e um pedaço de plástico para manter a região aquecida.
OBS4: Aproveite e pesquise sobre Drenagem Linfática e aproveite a massagem para reduzir a barriga!
Esta massagem você deve fazer todos os dias desde o fim da menstruação até o seu dia fértil, ou seja, o dia em que você espera ovular. Os resultados começam a aparecer efetivamente após 3 meses.
Se você quer engravidar mas se deparou com problemas de infertilidade, seu médico recomendou ou irá recomendar injeções ou ingestão de hormônios, fertilização in-vitro, etc. Mesmo que estes procedimentos funcionem, eles são caros, levam tempo, causam stress, são invasivos e disparam uma descarga de hormônios em seu corpo que não é nem um pouco saudável e natural.
Além disso, todos estes tratamentos são utilizados para tratar os sintomas da infertilidade sem primeiro descobrir as causas do problema uterino, tubário, etc.
Estudos mostram que na maioria dos casos, a dificuldade de engravidar por parte da mulher provém de cicatrizes, adesões e obstruções nas trompas, acúmulo de toxinas, e claro, stress e ansiedade. A massagem da fertilidade é indicada para todos estes casos, além de ser o socorro das mulheres que têm receio de passar por cirurgias, não querem se intoxicar com hormônios, ou não têm como pagar por tratamentos.
Na maioria dos casos a massagem consegue resolver as obstruções das trompas sem precisar de intervenção médica. Estas obstruções são causadas por infecções pélvicas, cirurgias ou traumas locais.
Alívio do stress
O stress afeta a data da ovulação, a produção de muco cervical e a implantação do embrião nas mulheres e altera a qualidade e quantidade de produção de espermatozóides nos homens.
A massagem ajuda a liberar o stress feminino, que afeta o sistema hormonal a ponto de impedir a implantação e fertilização de um óvulo, mesmo que a mulher seja originalmente fértil e o espermatozóide do homem seja muito bom.
Isso porque ela aumenta o fluxo de sangue nos órgãos reprodutivos, aumenta o bem estar, fortalece o sistema imunológico, estimula o equilíbrio da produção de hormônios, melhora a saúde do sistema linfático, fazendo que você tenha mais chances de conceber um bebê.
Massagem para descansar
Descansar é uma necessidade biológica durante toda a vida. A massagem da fertilidade ajuda a você tirar um momento de descanso e relaxamento, porque as funções do corpo só trabalham adequadamente quando você está num estado relaxado. Quando você passa algum tempo numa sessão de massagem da fertilidade num ambiente calmo e aconchegante, seu corpo se recupera, cura e regenera.
Desintoxicação
A massagem auxilia na liberação das toxinas através do estímulo do sistema linfático. Este sistema drena os fluídos do seu corpo e desintoxica filtrando as toxinas e substâncias estranhas, fortalecendo o sistema imunológico.
Um sistema linfático lento significa que o processo de eliminação de resíduos do seu corpo é comprometido, e o corpo sofre acúmulo de linfa. Quando isso acontece, as toxinas se acumulam atrapalhando a atividade celular, o que atrapalha sua fertilidade.
Quando usar a massagem
Essa massagem é benéfica tanto para homens quanto para mulheres que querem conceber naturalmente ou estão se preparando para um processo de fertilização in vitro ou inseminação artificial.
A massagem prepara o corpo para criar um estado de bem estar, o que pode ser decisivo num processo de reprodução assistida. Além do mais, essas pessoas recebem bastante medicação, e a massagem ajuda a liberar as toxinas acumuladas.
Benefícios
Regula o ciclo menstrual e o balanço hormonal
Melhora as funções do ovário, qualidade dos óvulos e da ovulação
Melhora a quantidade e qualidade do muco cervical
Melhora a qualidade do fluxo menstrual diminuindo os coágulos de sangue
Diminui a dor causada pela endometriose e as cólicas
Desobstrui as trompas de falópio
Ajuda a reposicionar um útero aderido
Trata casos de SOP (ovários policísticos)
Ajuda o corpo a eliminar cistos
Em alguns casos ajuda a diminuir miomas
Auxilia casais com problema de infertilidade sem causa aparente
Libera energias ruins de traumas emocionais
Remove o acúmulo de sangue no útero
Fortifica os órgãos reprodutivos
Ajuda a desintoxicar
O que esperar depois de uma sessão de massagem da fertilidade
Beba muita água potável depois de cada sessão para ajudar seu corpo a liberar as toxinas que estavam presas em seus músculos e órgãos. Você também pode notar que seu ciclo seguinte veio com mais sangue do que o normal, melhora no funcionamento do intestino e também um pouco de dor. Tudo isso é normal e é sinal de que a massagem está funcionando.
é um distúrbio que cursa com a falta de hormônio da tireóide (“tireóide preguiçosa”). O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireóide. Ocorre mais freqüentemente em mulheres que em homens, é mais comum em pessoas de mais idade, e pode ter uma característica familial (atingir vários membros de uma mesma família).
Quais são os sintomas do hipotireoidismo?
O hipotireoidismo pode ter vários sintomas, visto que os hormônios da tireóide são importantes para regular o funcionamento de praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo. Quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) se tornam anormalmente baixos por algum motivo, todos os processos do corpo se tornam mais lentos. Por isso, os sintomas do hipotireoidismo incluem:
1. cansaço excessivo; 2. desânimo, ou até mesmo depressão; 3. raciocínio lento; 4. fala arrastada; 5. sensação de frio excessivo; 6. ganho de peso (geralmente, em torno de 3 a 5 Kg); 7. pele seca e cabelos finos e quebradiços; 8. inchaço nas pernas ou ao redor dos olhos; 9. pouca sudorese; 10. intestino preso e digestão lenta; 11. irregularidade das menstruações (às vezes, sangramento excessivo); 12. infertilidade; 13. batimento lento do coração (menos que 60 batimentos por minuto); 14. aumento do colesterol.
Esses sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo. Ou seja, vários outros problemas de saúde podem causar sintomas bastante semelhantes aos do hipotireoidismo. Por isso, algumas vezes os sintomas são atribuídos a outras doenças que podem apresentar algumas manifestações semelhantes, tais como: anemia, depressão e deficiência de vitaminas, e o diagnóstico de hipotireoidismo pode ser feito anos após o início das queixas do paciente. Felizmente, hoje em dia os médicos conhecem melhor as características do hipotireoidismo e fazem o diagnóstico mais precocemente.
Quais são as causas do hipotireoidismo?
Nos adultos, a causa mais comum de hipotireoidismo é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto. Nessa doença, o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) ataca a glândula tireóide e causa dano a essa glândula, comprometendo a sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Por isso, a doença de Hashimoto faz parte de um grupo de doenças chamadas auto-imunes. O hipotireoidismo pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio, como, por exemplo: o uso de iodo radioativo (para tratamento de hipertireoidismo, que é o oposto do hipotireoidismo) ou a cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide (para tratamento de outros problemas nessa glândula). Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui. Outra causa de hipotireoidismo, bastante rara, é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo (por exemplo: amiodarona, xaropes para tosse contendo iodo, carbonato de lítio). Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado já no berçário através do teste do pezinho.
Quais as conseqüências do hipotireoidismo?
Em adultos, o hipotireoidismo (se não for tratado corretamente) leva a uma significativa redução da sua performance física e mental, além de poder causar elevação dos níveis de colesterol, que aumentam as chances de algum problema cardíaco. Além disso, o hipotireoidismo severo, sem tratamento, pode evoluir ao longo do tempo até uma situação dramática e com grande risco de vida, o chamado coma mixedematoso, que se apresenta como redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento do coração. O diagnóstico de hipotireoidismo é especialmente importante quando é feito durante a gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos pode afetar profundamente o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso do crescimento. No entanto, esses problemas para o bebê são prevenidos pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano. fonte:http://www.portalendocrino.com.br/tireoide_hipotireoidismo.shtml
NIDAÇÃO - Dias após a fusão, o ovo, com as células ainda em multiplicação, faz sua descida ao útero e começa a procurar um lugar para se fixar. A esta altura, um hormônio ovariano, a progesterona, já terá preparado o endométrio para alimentar o ovo, mediante suprimento adicional de glicogênio e outras substâncias nutritivas. Sem isso, dificilmente o embrião "vinga". Acontece às vezes de o óvulo fecundado acomodar-se na mucosa da trompa, e não na do útero. Ou mesmo, em casos raríssimos, em alças intestinais e outras mucosas. São casos patológicos (gravidez ectópica), em geral muito graves, por ameaçarem a vida da mãe. Normalmente, dentro do útero, o ovo se transforma numa bolha sólida cheia de líquido. Por dentro desse globo, num dos pólos, aglomera-se um tipo especial de células, numa protuberância interna semelhante ao umbigo de uma laranja-bahia (do tamanho de uma cabeça de fósforo, porém). O ovo agora se chama blastocisto (blasto = que vai gerar algo; cisto = cavidade). Mais tarde, a parede do blastocisto, chamada trofoblasto, irá dar origem à placenta. A massa polar de células dará origem ao embrião. Quando o blastocisto finalmente faz contato com o endométrio, as células do trofoblasto atacam vigorosamente as células endometriais e as vão destruindo. Os elementos constituintes das células do endométrio servem para alimentar o blastocisto nesse estágio, que ataca tudo vorazmente, inclusive microscópicos vasos capilares da região. E o sangue da mãe começa a alimentar o filho. O blastocisto prossegue perfurando o endométrio, cava nele um verdadeiro ninho (de onde o nome "nidação" para o processo). O rompimento dos vasos forma lagunas de sangue que alimentam o blastocisto. O endométrio começa a transformar-se, num processo que se irradia circularmente do ponto em que o trofoblasto ataca, em geral a região mais alta do útero, mas nem sempre.
Em torno do sétimo ao décimo dia após a fusão o blastocisto fixa-se ao endométrio (momento culminante da nidação) e, finalmente, entra em contato com a mãe. Após a fixação do blastocisto, começa a se formar o embrião, que toma esse nome três semanas depois da fusão. O endométrio recobre o blastocisto e forma em torno dele uma cápsula de tecido modificado. A modificação do endométrio chama-se reação decidual, porque o tecido endometrial se transforma em decídua ("que desce", ou cai), a ser expulsa no parto. A cápsula vai crescendo, dentro do útero, com o embrião dentro dela. É importante notar, portanto, que o embrião não se desenvolve dentro da cavidade normal do útero, mas dentro de uma cápsula hermética que, ao crescer, acaba por ocupar toda a cavidade uterina e dilatá-la. A razão disso é a necessidade de proteger o embrião ou feto contra qualquer contato direto com o exterior. Isso não aconteceria se o processo decorresse dentro da cavidade normal, que se comunica com a vagina através do canal do colo do útero.
O endométrio transforma-se em três tipos de decídua: (clique aqui e veja fotos) a parietal que é a que continua a revestir internamente o útero nas partes ainda não atingidas pela cápsula onde se aloja o embrião; a decídua capsular, que envolve a cápsula; e a decídua basal (de base), que fica por baixo dela. O trofoblasto primitivo regride na decídua capsular e forma uma camada lisa por baixo dela, o cório careca. Junto à decídua basal, o trofoblasto se transforma em cório frondoso, de onde se originará a parte fetal da placenta. A decídua basal, par baixo do cório frondoso, dará origem à parte materna da placenta.
O âmnio é uma cavidade que existe primitivamente junto ao dorso do embrião, por baixo do trofoblasto. Ao crescer, acaba por envolver totalmente o embrião e, quando adere ao cório careca, que o reveste, forma a parede do saco córioamniótico, conhecido popularmente como bolsa d'água, que em geral se rompe na iminência do parto. A cápsula recoberta pela decídua parietal vai crescendo e ocupando uma porção cada vez maior da cavidade uterina, mas levará muitas semanas até ocupá-la totalmente.
Um aspecto importante de todo o processo de nidação é que o embrião está a salvo de contrações uterinas que poderiam resultar do ataque ao endométrio. O que o protege contra os movimentos, que poderiam expulsá-lo, é a ação da progesterona, secretada pelo corpo lúteo, a principio, e pela placenta depois. A progesterona inibe a contração das fibras musculares uterinas e contribui assim para maior segurança da gravidez.
Tudo começa no ovário, que é uma massa em ebulição lenta e constante. Dentro dele formam-se continuamente bolhas - os folículos dentro das quais amadurecem uns caroçinhos chamados oócitos (oo = ovo; cito = célula), que ao se desenvolverem transformam-se em óvulos. Folículo e oócito crescem lentamente, o primeiro um pouco mais depressa. Quando alcança o dobro de seu volume primitivo, o oócito começa a apresentar uma membrana espessa e elástica, chamada zona pelúcida. O folículo que circunda o oócito cresce também e se aproxima da superfície do ovário, já então com o nome de folículo de Graaf. E o oócito dentro dele passa a chamar-se óvulo. Finalmente, como uma bolha pastosa, o folículo se rompe na superfície do ovário (mas não estoura) e libera o óvulo na cavidade abdominal (ovulação). O óvulo vagueia livre, circundado por material folicular que o acompanha e envolve como um chumaço: a coroa radiada, formada por uma aglomeração de pequeninas células).
Durante o período imediatamente anterior à liberação do óvulo, ocorre uma lenta aproximação mútua do pavilhão da trompa e do ovário. Segundo parece, os dois órgãos tentam encurtar a distância espacial a ser percorrida pelo óvulo, no trajeto ovário-trompa. Simultaneamente, a trompa começa a exercer movimentos que a percorrem toda, em ondulações rítmicas, no sentido pavilhão-útero. Mas o fator mais importante na captação e movimentação do óvulo provém dos movimentos ondulatórios dos cílios que forram o interior da trompa. Daí resulta a movimentação dos líquidos abdominais, numa corrente dirigida para a cavidade uterina. A trompa atua como um exaustor e tenta aspirar o óvulo, que não é dotado de movimento próprio. Com toda essa cooperação motora e orientadora, ainda assim o óvulo de vez em quando se perde e fica vagueando pela cavidade abdominal, onde, em casos raros, pode ser fecundado. Além disso, sabe-se que se uma mulher for dotada apenas do ovário esquerdo e trompa da direita, ou vice-versa, o óvulo contornará misteriosamente o útero, para penetrar na trompa do lado oposto. Os ovários em geral produzem óvulos alternadamente, mas nem sempre. E se um dos ovários for extirpado, a mulher continuará a menstruar todo mês, porque o ovário remanescente assumirá as funções do outro.
O ESPERMATOZÓIDE - Quando no orgasmo sobrevêm a ejaculação, o homem inocula na mulher de 2 a 5 centímetros cúbicos de esperma. Cada centímetro cúbico contém aproximadamente de 100 a 200 milhões de espermatozóides, às vezes mais, e cada espermatozóide mede em torno de 2,7 milésimos de milímetro. Ejaculados na vagina, lago seminal e alguns diretamente no canal do colo do útero, dezenas ou centenas de milhões de espermatozóides procuram sair do inóspito meio ácido da vagina, em rápidos movimentos ondulatórios de sua longa cauda. É a maior competição natatória do mundo. A uma velocidade média de 2 a 3 milímetros por minuto, os espermatozóides nadam até o colo do útero, transpõem o canal cervical, penetram no útero, nadam pelos líquidos da parede uterina até a entrada da trompa e atravessam-na quase toda para interceptar o óvulo no terço externo do conduto, ou seja a região ampular, próxima do pavilhão da trompa. Todo o trajeto é feito em pouco mais de uma hora. Isso equivaleria ao esforço de um nadador que percorresse 1800 metros por minuto, numa extensão comparável à da travessia do Canal da Mancha. E de mergulho, porque os espermatozóides carregam consigo o próprio oxigênio. E mais: contra a corrente, na maior parte do trajeto.
Finalmente, atraídos por uma substância química que o óvulo libera, poucos destes espermatozóides chegam até ele, pois durante o trajeto, alguns morrem por serem mais fracos, outros perdem-se e muitos outros são mortos pelas células assassinas do sistemas imunológico da mãe, cuja função é destruir qualquer corpo estranho existente em seu organismo. Trabalhando em conjunto, os espermatozóides (alguns já dentro da zona pelúcida) começam a secretar uma enzima, cujo efeito é romper a membrana protetora do óvulo, que se configura imenso: 85 mil vezes maior que eles.
Após um árduo trabalho, apenas um espermatozóide penetra o óvulo (o processo de penetração leva cerca de 20 minutos) e neste exato momento, uma contra-ordem elétrica se produz na membrana situada por baixo da zona pelúcida, que se fecha, impedindo a entrada de qualquer outro. Os que ficaram encravados na zona pelúcida ou na trompa, morrerão ao cabo de algumas horas. No momento da penetração, a cabeça do espermatozóide mergulha no óvulo. Mas a cauda, aquele precioso instrumento de locomoção, fica de fora. Já dentro do óvulo, a cabeça aumenta em quatro vezes seu tamanho original, abre-se e libera o núcleo que traz toda a bagagem genética do pai. Uma vez liberado, ele vai de encontro ao núcleo do óvulo, que possui a bagagem genética da mãe. No momento do encontro, os dois núcleos se fundem e é produzido o amálgama cromossômico. O óvulo deixa de ser o que era e passa a se chamar "ovo" ou "célula-ovo" e o núcleo do espermatozóide deixa de existir. Podemos dizer que neste instante, nasce um novo ser.
Uma das coisas mais importantes que acontece durante a fusão dos núcleos é a definição do sexo deste novo ser. Tanto o núcleo do óvulo como o núcleo do espermatozóide carregam no seu interior 23 cromossomos, bastões microscópicos com todas as características biológicas. Da fusão dos dois núcleos resultam 46 cromossomos, dispostos em pares. Mas o último par é que irá definir o sexo do embrião: se for XX será uma menina; se for XY, um menino. O núcleo do óvulo é sempre portador de cromossomos X. Portanto, quem determina o sexo é o núcleo do espermatozóide: 50% dos espermatozóides carrega, em seu núcleo, um cromossomo X, os outros 50%, um Y. Assim, as chances de conceber uma menina ou um menino, são absolutamente iguais.
A CAMINHO DO ÚTERO - Aproximadamente vinte horas depois da fusão, ocorre aprimeira divisão celular e a partir daí, a cada doze ou quinze horas, ocorre uma nova divisão. As células vão se dividindo exponencialmente: serão quatro, depois oito, dezesseis, trinta e duas e assim por diante. Este estágio é conhecido pelo nome demórula. Enquanto ocorre essa divisão, o ovo caminha em direção ao útero guiado pelos cílios da trompa. Este tempo de percurso dentro da trompa é muito crítico, pois o novo ser, também está exposto aos ataques do sistema imunológico da mãe. Pesquisas revelam que um em cada três óvulos fecundados não evolue para uma gravidez, isto é, ela não pega e o ovo é espontaneamente expulso durante as duas primeiras semanas, antes mesmo do atraso das regras. Inúmeras vezes isso passa despercebido para a mulher. A menstruação ocorre, podendo atrasar alguns dias e costuma ser mais abundante que o normal. Este tipo de abortamento é um mecanismo natural de defesa da nossa espécie, para impedir nascimentos de crianças prejudicadas por irregularidades na divisão celular, como por outros problemas com o ovo.
Uma pequena semente no corpo da mulher é um dos dois grandes responsáveis pela reprodução humana. Essa semente é o óvulo, que representa a contribuição da mãe para a origem de um novo ser. Mas, até que a fruta amadureça e libere essa semente, há também um longo processo de evolução. Por isso, a liberação do óvulo - isto é, a ovulação - é a fase principal do ciclo menstrual. A menstruação em si é apenas a manifestação aparente de todo o trabalho efetuado continuamente pelo aparelho reprodutor feminino.
Embora a maturidade sexual demore a chegar, a menina ao nascer já possui todos os dispositivos para o posterior desenvolvimento. Na infância já aparecem, na porção profunda dos ovários - que ainda estão inativos - as frutinhas que mais tarde tornarão a mulher apta a reproduzir. São as microscópicas formações denominadas folículos ovarianos. Depois de inúmeras transformações, o folículo amadurece e solta a semente: o óvulo. A liberação do óvulo é a fase final de toda a evolução dos folículos. Mas, dos 500.000 folículos que, ao nascer, a menina apresenta em ambos os ovários, apenas uns 400 vão conseguir passar por completo desenvolvimento e chegar a amadurecer e liberar o óvulo. Os demais degeneram sem produzir óvulos - a fruta seca antes de ter a semente. Quando a menina atinge a puberdade, uma parte considerável desses folículos já se apresenta degenerada. Depois, durante o período fértil da vida da mulher, esse processo degenerativo continua, ao lado da produção cíclica de óvulos. E finalmente, quando chega o climatério, ocorre a degeneração final dos folículos ainda presentes.
A VIDA DE UM FOLÍCULO - Mas essa frutinha - o folículo - tem também sua longa e complexa vida, que passa por três fases principais de desenvolvimento, inicialmente, estão todas guardadas nos ovários, em absoluto repouso. Nessa fase inicial, são denominados folículos primários. Cada folículo constitui-se de uma única célula central, imatura - o oócito - cercada por uma fina camada de células achatadas. Esse repouso dura anos. Por volta dos 9 anos, idade em que se inicia o período que prepara a puberdade, os folículos primários começam a dirigir-se lentamente para a superfície dos ovários. Na puberdade, em torno de 11 a 13 anos, entram um a um em processo de amadurecimento, em cada ciclo menstrual.
Começa então a segunda fase da vida do folículo. A camada celular que envolve o oócito diferencia-se em duas: uma camada interna, granulosa e outra externa, chamada teca. A partir desse momento, o folículo começa a aumentar de volume na superfície do ovário. Paralelamente, o oócito se desenvolve e se transforma no óvulo. Ao mesmo tempo, entre as membranas das células da camada granulosa, formam-se pequenos espaços, onde há acúmulo de um liquido. Pouco a pouco, Esses espaços se juntam e forma-se uma cavidade. O liquido dessa cavidade, claro e transparente, contém grande quantidade de estrógeno. Por isso o estrógeno era antigamente conhecido como foliculina.
Em cada ciclo menstrual, apenas um dos inúmeros folículos dos ovários amadurece (em casos excepcionais, dois ou mais). Ao atingir o desenvolvimento máximo, na terceira fase de evolução, recebe o nome de folículo maduro, ou de Graaf: a fruta madura está pronta para soltar a semente. O folículo sobressai na superfície externa do ovário, como um bago de uva. É o momento da ovulação, fase principal do processo. A porção mais saliente do folículo, por fora do ovário, rompe-se: o óvulo e parte do liquido folicular "caem" na cavidade abdominal. No local da ruptura ocorre uma pequena hemorragia. A parede do folículo retrai-se: a "uva" murcha e se transforma num saquinho flácido e enrugado, como uma uva-passa.
Após a ovulação, as células do folículo multiplicam-se e se transformam nas grandes células luteínicas. E os restos do folículo transformam-se assim no corpo amarelo, ou lúteo. Esse novo corpo produz, além do estrógeno, também a progesterona. O novo hormônio, lançado no organismo, inibe a secreção dos hormônios que provocaram a ovulação; não pode haver outra, enquanto a progesterona estiver agindo.
É o fim do processo. Uma pequena cicatriz forma-se na parede do ovário, no ponto em que saiu o óvulo. Se a semente lançada no organismo for fecundada, o corpo lúteo continuará a produzir estrógeno e progesterona, o que impedirá uma nova ovulação durante a gravidez. Mas se não houver fecundação, o trabalho do corpo lúteo regredirá, a partir do 8.° dia após a ovulação. Isso ocasionará uma parada na produção dos hormônios ovarianos. Em consequência, ocorrerá a menstruação após cada ovulação.
A OVULAÇÃO E O PERÍODO MENSTRUAL - Uma das consequências imediatas da ovulação é a produção dos dois hormônios ovarianos: o estrógeno e a progesterona, que determinam todas as mudanças cíclicas do organismo feminino. A produção desses dois hormônios divide o ciclo menstrual em duas fases. A primeira relaciona-se à época em que o folículo primário amadurece, e produz somente estrógeno - é a fase estrogênica, que se processa sob orientação do hormônio folículo estimulante (FSH). A segunda depende da presença do corpo lúteo formado pelo estimulo do hormônio luteinizante (LH) e da prolactina que produz além do estrógeno, também a progesterona: é a fase progestacional. A duração do corpo lúteo é constante: se não houver gravidez, regride sempre após um período de 14 dias. E a ovulação ocorre constantemente 14 dias antes do início da menstruação. Mas na primeira fase não há tanta regularidade: o amadurecimento do folículo pode durar tempo maior ou menor. No ciclo menstrual padrão, de 28 dias, a ovulação se processa exatamente na metade do ciclo menstrual. Mas em ciclos mais curtos, a ovulação ocorre em data anterior e nos ciclos prolongados, processa-se tardiamente. Esse dado tem muita importância na determinação dos dias férteis da mulher. Um período de alguns dias antes e depois da ovulação é considerado fértil: a mulher pode engravidar.
Esse prazo de fertilidade é o principio básico que orienta o método anticoncepcional da abstinência: a mulher evita relações sexuais durante o período fértil. Como a fase estrogênica não tem duração constante, pode ocorrer ocasionalmente uma falha nesse método, em consequência da irregularidade do ciclo.